VIOLÃO
A origem do violão não é muito clara, por existirem várias hipóteses para o seu surgimento, especula-se que o violão tenha a sua origem em alaúdes do antigo Egito, por terem sidos encontrados em escavações instrumentos de caixa de ressonância cintada com um braço longo e estreito e vestígios da existência de três ou quatro cordas e alguns trastes.
Subsistem muitas dúvidas no estudo da história do violão, durante o fim da Idade Média e início da Renascença, devido à grande confusão dos termos usados para designar vários instrumentos do tipo violão: (NOGUEIRA, 1991, p.157); outras designações (como guitarra mourisca e guitarra latina) aparecem desde o século XI.
Existem duas hipóteses sobre a origem do violão. A primeira considera o violão como sendo um instrumento derivado do alude assírio-caldeu e introduzido na Espanha por sucessivas transmissões, através dos egípcios, persas e árabes. A segunda hipótese atribui uma origem Greco-Romana ao violão. Segundo esta hipótese, o violão deriva da fidícula, depois se transformaria em Vihuela na Espanha.
Do violão latino nasceram dois instrumentos muitos parecidos: a Vihuela e o violão propriamente dito. Acredita-se que a palavra Vihuela era um instrumento aristocrático, possuía seis cordas. O violão era um instrumento um pouco menor. Possuía apenas quatro cordas e era um instrumento da plebe.
De maneira análoga ao termo italiano viola, a palavra vihuela era aplicada a vários instrumentos de cordas. Para distingui-los, usavam-se outros termos ligados à palavra Vihuela. Havia a Vihuela de arco, a Vihuela de plectro e a Vihuela de Mão, que se tangia com os dedos. No final do século XVI é adicionada ao violão uma quinta corda, evolução atribuída a Vicente Espinel, de Madrid. Esta versão do instrumento passa a conhecer-se em toda a Europa por guitarra Espanhola (que ainda hoje é usada) e desde então considera o instrumento como símbolo nacional da Espanha. No final do século XVIII é adicionada uma sexta corda (Mi) e as cordas passam de duplas para simples. A sonoridade aumenta bastante, como resultado do sistema de barras interiores.
Finalmente em meados do século XIX, aproximadamente em 1850, o construtor Antonio Torres Jurado (1817 – 1892) altera a forma da caixa de ressonância, tornando-a mais larga e mais consolidada, com a forma de oito, e em toda a Europa passaram a adaptar as suas técnicas de fabricação de violões e até hoje se constroem violões quase exatamente a maneira de Torres. Ele foi o responsável pelo design que estamos habituados a ver no violão hoje, e mesmo depois de mais de 150 anos, poucos foram aqueles que tentaram mexer no violão concebido por Torres.